O Sanda/Sanshou (Sǎndǎ/ 散打) de sigla SD, respetivamente “luta livre” e “mãos livres”, não é considerado um estilo de luta independente, mas uma das modalidades desportivas com origem nas Artes Marciais Chinesas, normalmente ensinado de forma integrada nas diversas formas de Wushu/Kung Fu. O termo sanda é mais antigo e de uso mais comum, quando o governo chinês formalizou e padronizou as artes marciais usou oficialmente o termo Sanshou para designar esta modalidade de competição, voltando posteriormente a usar o termo Sanda. O termo “Sanda” constitui-se como nómina referencial de uma modalidade desportiva, tutelada a nível internacional principalmente pelas EWuF – European Wushu Federation e IWuF – International Wushu Federation e no âmbito nacional pela FPAMC – Federação Portuguesa de Artes Marciais Chinesas.
Esta modalidade, no âmbito nacional, integra as disciplinas de combate desportivo associadas às Artes Marciais Chinesas, entre elas: o Sanda propriamente dito, onde se utilizam técnicas de braços, de pernas e projeções em contacto total; o Qin Da (QD), similar ao Sanda em estratégia e técnica, mas onde o contacto é condicionado em potência; e o Shuai Jiao (Shuāi Jiāo/ 摔跤) de sigla SJ, ou também Shuai Na (Shuāi Ná (摔拿)), sistema de luta com uma evolução de cinco mil anos onde se consideram técnicas de luta com projeções, chaves e imobilizações. Todas as disciplinas observam regras e equipamentos de proteção aos praticantes, podendo assumir características de competição desportiva ou mera formação em defesa pessoal. No oriente o desenvolvimento do Sanda e do Shuai Jiao foi protagonizado pelas organizações militares e policiais. No século vinte e até meados da década de 80 o Sanda desenvolveu-se, na China ligado ao meio académico e universitário e a disciplinas ou cursos de educação física, sendo em 1982 integrado nas competições de Wushu e em 1990 como modalidade oficial de competição dos “Jogos Asiáticos”. É modalidade de competição de integração obrigatória nos Campeonatos Europeus e Mundiais de Wushu.
