WUSHU / KUNG FU
O Wushu/Kung Fu (Wǔshù / Gōngfu - 武術/功夫) de sigla WKF, na transcrição oficial da língua oficial chinesa “Gōngfu”, sendo a base de todas as modalidades desportivas de Artes Marciais Chinesas e da maior parte das Artes Marciais e modalidades desportivas de origem oriental, constitui-se como uma modalidade desportiva, tutelada a nível internacional principalmente pelas EWuF – European Wushu Federation e IWuF – International Wushu Federation e no âmbito nacional pela FPAMC – Federação Portuguesa de Artes Marciais Chinesas. Em si, o WKF abrange milhares de estilos e sistemas de Artes Marciais com currículos diferenciáveis que vão ao encontro das necessidades de grupos de praticantes também eles diferenciados segundo diversos fatores. É aliás esta diferenciação curricular, dirigida ao indivíduo, que a educação/ensino atuais procuram alcançar. Apesar desta riqueza de currículos, as Artes Marciais Chinesas e neste caso específico aquilo que se define como a modalidade de competição desportiva “Wushu/Kung Fu” agrupa as características comuns de todos esses currículos, num sistema competitivo com diversas disciplinas ou vetores de competição, permitindo uma participação diferenciada segundo características físicas e mentais do atleta, bem como segundo as suas origens formativas determinadas pela instituição ou instituições que frequentou.
Kung Fu/ Gōngfu (功夫) é o conjunto de sistemas marciais mais completo e abrangente existente no mundo, composto por mais de 1500 sub sistemas, cada um dos quais com vários estilos de artes marciais, constituindo a flor da cultura Chinesa. A razão desta característica está numa evolução de 5000 anos, num enraizamento em hábitos sociais de toda uma civilização. De facto, no seu país de origem, a China, a sua presença fez-se sentir não só como uma prática afeta a militares, mas também a monges e como um tesouro familiar passado de pais a filhos. A diversidade das suas técnicas, estilos e sistemas possibilita a sua prática contínua ao longo de toda uma vida, saltando de sistemas mais “físicos” e dinâmicos para sistemas mais “mentais” e de movimentos mais lentos e suaves. Dos 8 ao 88, do Shaolin ao Tai Ji Quan, para a impulsividade da juventude ou para a contemplação da maturidade, o Kung Fu permite-nos encontrar e manter os nossos pontos de equilíbrio. Praticar Kung Fu torna-se num ato de higiene física e mental, numa atividade cultural que promove a intervenção social e exercício da cidadania, numa participação num ato de globalização que abrange já de forma organizada 146 países. O exercício de uma tradição, um desporto ou um simples ato de convivência e comunhão com a natureza.